sexta-feira, março 31, 2006

Sucedem-se os acidentes

Mais uma vez aconteceu um acidente no Rossio requalificado. Desta vez foi uma turista espanhola que caiu do parapeito em que se transformou o passeio da Rua D. Pedro V. Um grupo de pessoas, num espaço exíguo, uma conversa, uma distração, um acidente grave. Ficámos também a saber que a ambulância demorou bastante tempo a chegar ao local, em virtude das obras no acesso à rua, mas principalmente por esse quadro surrealista que são esplanadas no meio da estrada. Lamentável.
Há pouco tempo, para grande espanto pessoal, li, no jornal mais panfletário das virtudes desta requalificação, um artigo sobre a falta de segurança da Praça D. Afonso Henriques. Ao que parece, o motivo de tão solícita alteração editorial, terá sido um proto-acidente da neta do director do jornal. Felizmente não o teve, mas quando tantos alertavam (mais do que criticavam) para a segurança da obra, outros entretinham-se em torpedear acusações de resistência ao progresso e assoberbavam de adjectivos o projecto e o executivo.
Num dos meus últimos artigos sobre as obras alertava para a necessidade de a Câmara Municipal de Alcobaça ter de lançar um programa de gestão de danos. O mal, na minha opinião, está feito, resta, então, minimizar os seus impactos. Como se faz? Analisando descomplexadamente, admitindo erros e corrigindo-os. Se para tal for necessário substituir materiais, eliminar barreiras arquitectónicas, rever estratégias de circulção, então isso terá de ser feito.
Se tal acontecer garanto que não tecerei um comentário criticando as posições anteriores,pelo contrário, serei o primeiro a congratular o poder autárquico pela humildade demonstrada. Infelizmente não tenho muita convivcção nesta hipótese...

P.S. Volto a deixar a minha apreensão com o enterramento do tanque de mergulho da fonte junto à ala Sul, que vai ficar ao nível do solo. Onde brincam ou circulam crianças os cuidados devem ser redobrados.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois e as valas abertas para quebrar uma perna? e as arestas em quina viva por todo o lado, para segurar uma criança descuidada, e a altura "do deserto" onde uma pessoa idosa não consegue subir! já vi um medico de alcobaça reformado e com problemas nas pernas, que não conseguiu subir sem ajuda, estas coisa são feitas para pessoas usarem , novas e velhas, não é assim que pensa o birne ( com letra pequena)

Meu caro quanto ao executivo rever o que está mal , não me faça rir, o maioral não percebe nada do assunto os outros aplaudem o seu conhecimento.
Matematicamente falando o talento de todos somados é igual a zero, não se ria é mesmo zero.
Foi um prazer

capeladodesterro disse...

Como escrevi em vários textos, depois deste projecto ter falhado na gestão de expectativas, na gestão de projecto/obra, na comunicação com a população, ao menos o executivo tivesse a umbridade de reconhecer os seus erros e os passasse a gerir convenientemente, pelo menos minimizando-os.
O que se faz? Assobia-se para o lado e apagam-se fogos ridículos que têm criado frequentes vítimas... o q dizer daquele passeio onde caíu a cidadã espanhola, em frente ao S. Bernardo? Depois do acidente foi colocada uma rede. Está resolvido o problema!
O tanque da fonte junto à Ala Sul era demasiado fundo... o que se fez? Encheu-se de betão!!! É realmente inacreditável!