quarta-feira, abril 06, 2005

Independentes na Câmara Municipal?

Uma vez que estamos a meio ano das eleições autáquicas, e face às opiniões levantadas neste blog, gostaria de deixar uma questão à nossa reflexão:

Há necessidade de uma candidatura não partidária para a Câmara Municipal de Alcobaça?

Avanço com o primeiro contributo:
Acredito que sim, apesar das reservas quanto à sua viabilidade eleitoral. Porquê? Porque Alcobaça é um concelho muito heterogéneo em termos eleitorais. Uma candidatura independente surgiria da cidade, não do concelho, e, como sabemos, o concelho nem sempre encara a cidade como uma referência. Seria muito difícil convencer o eleitorado da Benedita, por exemplo, a votar nessa candidatura, logo aí teríamos um obstáculo gigantesco para um bom resultado eleitoral. Sejamos realistas um bom resultado eleitoral para um grupo de cidadãos sem filiação partidária será ganhar, caso contrário o seu espaço de manobra é reduzido. Bem sei que falamos de autarquias, mas a realidade ainda não abona a favor de candidaturas genuínas, que, por vezes, padecem de algum lirismo.
Não menos importante ou até mesmo crucial, e é a pergunta que todos fazemos, quem seria a figura central para um projecto desta natureza? Sinceramente não tenho sugestões. Começa aqui outro desafio...
A hipótese duma candidatura semelhante tem sido aventada nas últimas duas ou três eleições autárquicas, mas nunca aconteceu. O que é ainda mais estranho é que uma percentagem considerável dos eleitores não se identifica com nenhum dos candidatos, pelas razões que já se encontram no blog e que partilho na generalidade, sendo forçados a votar no "menos mau". Assim sendo como é que ainda não surgiu uma candidatura com uma pessoa credível que abana esta apatia?
Alcobaça tem sérios problemas no desenvolvimento económico, estagnado, sem capacidade de atracção de investimento, sem inovação e consequentemente sem emprego, mas, para o caso em questão, há algo que me preocupa mais: Será que alguém já ouviu falar em Cidadania Activa? Vão despontando alguns sinais, mas quando chega à politica...

8 comentários:

Anónimo disse...

Seria tudo uma questão de profissionalismo e envolvimento.
Alguém que pretendesse uma candidatura independente à CMA teria certamente menos possibilidades mas não seria de todo impossível. Bastava para tal mostrar-se sensível a todos os problemas do concelho, apresentar projectos a nível global e conseguir captar a atenção da generalidade da população. O Meio é pequeno e as pessoas acabam por se conhecer quase todas.
Quanto à pessoa indicada, isso sim será complicado. Actualmente em Alcobaça só se interessa pela política quem procura o protagonismo e uma tábua se salvação para uma vida sem sucesso. Os verdadeiros Alcobacenses que provaram ser competentes e que conseguiram alcançar posições de destaque na sua vida privada estão de costas voltadas para a política local. É de todo necessário criar condições para que essas pessoas voltem e ganhem de novoo interesse na sua terra.

Anónimo disse...

Com o défice que se vislumbra de figuras intelectualmente credíveis para minimizar o degradante cenário dos potenciais candidatos às proximas eleições autarquicas para Alcobaça, seria oportuníssimo o surgimento de uma ou mais candidaturas independentes, desde que esse fosse o processo que fizesse "sair da toca" algumas das diversas personalidades que, rendidos há muito e impotentes para combater o obsoleto, hipócrita e deprimente sistema partidário vigente, podessem dar o seu urgente contributo, para as legitimas e fundamentais necessidades que, aos mais diversos níveis, caracterizam o nosso concelho.

Anónimo disse...

Pois Pois, candidaturas independentes realmente são necessárias, mas é impossivel furar os interesse pessoais dos candidatos do tacho que enchem os partidos.

Reparem neles, o que fizeram antes? que empresas geriram, o que fazem actualmente e por aí adiante.

Qualquer dos presentes "gestores", e futuros candidatos, nunca geriram nada e vão ser chefes de economistas, engenheiros Técnicos superiores etc.etc

Quem é que nesta vereacção percebe alguma coisa, para discutir com o Birne sobre as obras do Mosteiro, Quem?
Nem o peso , nem o preço de um tijolo sabem !!!!!

O que se pode esperar disto?
Asneiras umas atrás das outras.

Não acredita?

Então hoje na Radio Cister dizia-se que a Vereadora depois de Agosto vai avaliar a situação do cinema , pois todos os eventos que se fizeram deram prejuizo.

O que é que ela sabe avaliar??

Os 600 contos de ordenado? saberá certamente, mais nada!!!!

Então o que é que o Belmiro faria destes gestores que gastaram mais de 1 milhão de contos e agora nem são capazes de por aquilo a funcionar com lógica e em função do mercado?

Iam para a rua não era? ...mas aqui não vão.
Bem realmente na organização do Belmiro não iriam para a rua e sabe porquê?
É que nem para porteiros entravam.


Será que tinham alguma ideia de quanto ia custar a exploração da sala, certamente que não.

Uma casa daquelas não tem que ser um elefante branco, tem que se ajustar ás realidades do mercado.

Rebentaram com a sala principal que poderia compensar prejuizos, com maiores bilheteiras assim o sistema está á partida sem saida.

Então lembram-se do Carnaval em que a vereadora pensou que era capaz de fazer o Carnaval?
Sabem que a câmara perdeu 35000 contos com a estupidez desta gente.

É o nosso dinheiro que eles gastam, quando nem sequer sabem gerir o deles.

Pois candidaturas independentes, as pessoas válidas não estão para se baterem com gente sem qualidade, e sabendo o povo que temos, será que vale a pena? valer valia, penso eu, mas é preciso ser masoquista e não ter amor ao dinheiro.
Aqueles cartazes que vêm por aí, quem os paga?
São os empreiteiros e outros á espera de algum favor, que irão cobrar. Ninguém dá nada a ninguém!!

Realmente seria bom que alguém de qualidade fosse masoquista, para concorrer, mas as pessoas votam no emblema , são pouco educadas, não sabem nem querem saber, querem sim fazer parte do grupo que vai ganhar , não ganhando nada com isso, mas ficam contentes por pensarem que fazem parte do grupo ganhador.
Que se há-de fazer .
Alcobaça não tem grande solução e se houvesse, seriam os próprios Alcobacenses que por inveja da audácia de alguém , eliminavam á partida qualquer veleidade de possivel candidatura independente.

A Benedita não é papão nenhum, usem a matematica e verão que não é bem assim.
Já estamos fartos de incompetentes da Benedita.
Os bons ficam lá

capeladodesterro disse...

A propósito da avaliação do cinema por parte da vereadora da Cultura fica a realidade de outro concelho. O Fundão possui o Cine-Gardunha, mais ao menos da mesma cronologia do nosso cine-teatro, mas maior. Sabem por quanto vai ficar a obra de requalificação de um espaço, que se encontra em muito pior estado que o Cine-Teatro de Alcobaça? Entre 3 e 3,5 milhões de euros... quanto foi o de Alcobaça? O nosso dinheiro anda a sutentar caprichos de arquitectos, só isso.

Anónimo disse...

Lamento discordar sobre a alimentação dos desejos dos Arquitectos.

O dono da Obra é que decide o que quer, ou não é assim?

Se o Arquitecto não aceita paga-se o que se lhe deve, e arranja-se outro.
Não era assim que fazia na sua obra?
Certamente que era.


No nosso caso quem decidiu que era assim foram o Presidente e os dependentes que gastam o nosso dinheiro.
O Arquitecto mostra as suas ideias mas quem as compra é o dono da obra.
Aqui é que está a questão.

Quem é responsavel é o Presidente da Câmara que como se vê não percebe nada do assunto, os outros são meros dependentes, sempre a concordar.

Veja-se no RC desta semana o que o vereador do PS diz a respeito da Vereadora da "Coltura".
É mesmo muito mau!
Mas olhe que em termos de qualificações o Presidente é de longe o pior deles todos.
Os meus cumprimentos e lamento discordar.
Está a ver o orçamento do cinema do Fundão, está a ver que eu tinha razão?

capeladodesterro disse...

Atenção! Estou plenamente de acordo consigo quanto às responsabilidades não pertencerem apenas aos arquitectos. Acabei por não ser claro... infelizmente já não espero dos nossos políticos locais um conhecimento da áreas que lhes são tão longínquas como a arquitectura, em particular, ou a Cultura, de uma forma geral.
A grande responsabilidade é do dono da obra, por isso mesmo dei o exemplo do Fundão. Certamente que o preço mais baixo se deve ao trabalho prévio da autarquia.

Anónimo disse...

Ainda bem que estamos em sintonia, uma coisa é não perceber de um assunto ,outro é ter capacidade de o aprender minimamente, e ter capacidade para ver qual das soluções apresentadas servem os objectivos desejados. Essa é a obrigação de quem está á frente da Autarquia.
Mesmo assim a possibilidade de erro existe mas será menor. Agora MIguel quando nem a propria casa se sabe gerir como é que se pode gerir a casa dos outros?.
Os autarcas vão á procura de tacho e que tacho meu caro , são carros , são viagens , são andares, terrenos , e dinheiro porque esse não fala.
Veja-se o Isaltino, mas se calhar este ainda é um aprendiz, há por aí muito pior. E nós temos cá disso, é só olhar á volta.
O governo é que não quer ver. Sabe quando a porcaria bate na ventoinha nunca se sabe para onde ela vai cair.
Portanto nada de riscos que os telhados são de vidro

capeladodesterro disse...

Já agora como comentam informações que circulam sobre a eventual recandidatura de Gonçalves Sapinho ser uma passagem de testemunho para o seu vereador Hermínio? Será que sim, parece que é uma hipótese com credibilidade de acontecer...
Ai ai ai...